segunda-feira, 20 de dezembro de 2010



Ele batia, batia, mas nada se abria
Era abril e Ela não abriu
Era breu
Ela breu
Peito aberto é alto mar...

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010


Partir daria sem você?
Partidária de mim
Ti daria meu corpo
Ar (ria) de ti
Arria sobre teus seios toda doçura que vejo.
Cego de mundos.
Viajo sem apegos, cada parada é par para andar...
Marca.
Escarra a toda garganta.
Ardor de quem canta.
Reverbere em mim.
Ninguém é sem!
Sentir
Par ti da ria sem ti?...
...

domingo, 5 de dezembro de 2010





Saudade que respira
Vibra como o som que acorda
Levanta e dança
Sempre com pernas
Eternas formas de amor
Saudade que inspira
Relembra retinas
As curvas de tal, talvez um corpo
Nas ruas que se afogam mares
E eu ainda lembro-me do gosto assombroso delas
As nuas “transam” no ar...
...E eu, ainda eu, sinto o gozo de pensar nelas
É tudo que me vem, ad(mirar) em alguém mesmo que sem flechas
A em mim ar de quem sempre me (e)leva...

sábado, 6 de novembro de 2010



...Em cor de acorde e acordo ao vento...
A Chuva e o som do molhado, ilhado.
Telhas e janelas a espera desse zunir de gotas abelhudas.
É tanta ternura que a(r) de morrer dura.
Defeito de pedra que perdura na sensibilidade.
Vamos embora!
Embola todas as melodias dentro da mala, porque amá-la é amar(r) á beira mar.

domingo, 24 de outubro de 2010



AMPULHETA.

Relógios...
Pêndulos...
E ponteiros...
É tudo tão agudo quantos teus seios...
Aquecem-se sem se preocupar...
É par...
Reverberam entre ferrugens...
Dentro dessa ternura que não seca...
Entrelaçam teus cabelos...
E embaraçam minhas rimas...
Ficam encabuladas coitadas, não sabem onde se por...
Expostas ao sol usam guarda-chuvas, e assopram bolhas de sabão...
São tão ingênuas e despreparadas, quanto quão o cão que pare trinta filhotes...
Engulo mundos, escuros, noites de absurdos...
Sem se quer precisar de um copo d’ água...
Aglutino você...

domingo, 17 de outubro de 2010


(N) ovo...
É branco...
Em seu núcleo inesperado...
É esperar à(r) tarde...
Com trem de outrem...
O oco nu, no céu de Ícaro onde cobra voa...
É claro. É noite. É dor. É ela...
Rela entre minhas pernas; entra entre minhas celas...
É o ciclo menstrual...
Absorve...
Come, roí, adentra entre armários...
Não foi o “amor quem roeu”, é quando o amor sou eu...

sexta-feira, 8 de outubro de 2010